sábado, 2 de maio de 2009

HOXE IMAXES NO MARIN, VIGO, CERVEIRA E VIANA DO CASTELO - TALL SHIPS ATLANTIC CHALLENGE 2009



O lugre-motor SANTA MARIA MANUELA em acabamentos nas instalações da Factoria Naval de Marin. Imagem obtida através da vedação de grades.


Iate de recreio espanhol não identificado velejando na vasta ria de Vigo.

http://www.tallshipsraces.com/atlanticchallenge/vesseldata.html







Imagens do navio-escola russo KRUZENSHTERN no porto de Vigo, a fim de tomar parte na regata "Tall Ships Atlantic Challenge 2009"


Os navios-escolas franceses BELLE POULE e ÉTOILE; inglês SPIRIT OF BERMUDA e um espanhol não identificado no porto de Vigo, a fim de tomarem parte na "Tall Ships Atlantic Challenge 2009".


O ketch inglês JOLIE BRISE no porto de Vigo, a fim de tomar parte na "Tall Ships Atlantic Challenge 2009".

A embarcação inglesa NORDWEST no porto de Vigo.


Patrulha espanhol P74 ATALAYA no porto de Vigo e as ilhas Ciés.

O transbordador local espanhol MAR VIGO no porto de Vigo.

O tansbordador local espanhol PIRATA DE ONS no porto de Vigo.


O transbordador local espanhol MAR DE ONS no porto de Vigo.


O transbordador local espanhol ARROIOS no porto de VIgo.


Vista do porto de pesca e serviços de Vigo.




A lancha dos Práticos CABO MAR BORNEIRA do porto de Vigo e uma segunda não identificada.


Navio balizador espanhol RIAS BAJAS do porto de Vigo.



A lancha de fiscalização fluvial portuguesa NRP RIO MINHO (P370) junto da sua base de Vila Nova de Cerveira, Rio Minho.


A antiga torre de vigia dos pilotos da barra de Viana do Castelo, que servia de estação dos mesmos.


O tão badalado e interessante transbordador português ATLANTIDA acostado ao cais de amarração do ENVC, Viana do Castelo, a aguardar a sua sorte.
imagens (c) Rui Amaro /01-05-2009/.
Rui Amaro

quinta-feira, 30 de abril de 2009

EMBARCAÇÃO DE PESCA CONSTRUIDA NA HOLANDA COM EXCESSIVOS ERROS TÉCNICOS CORRIGIDOS COM ENORME SUCESSO EM PORTUGAL

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A imgem superior mostra o PARGO com enormissmos erros de construção do estaleiro holandês e a inferior já devidamente corrigidos após reconstrução nos estaleiros da Companhia União Fabril, Rocha, Lisboa.

Inicio da década de 60, século XX, num documentário exibido em vários cinemas de Lisboa mostrava-se como acontecimento notável de construção naval a obra de um estaleiro do Canadá que consistiu no corte de um navio segundo um plano vertical, para seu alongamento e atribuição de melhores características. Pois trabalho mais original e amplo foi executado, há anos no nosso País, nos estaleiros da Companhia União Fabril, Lisboa. Uma companhia de pesca portuguesa encomendara dois arrastões ao estaleiro holandês Foxhol N.V. Scheepswerf, Foxhol. Mas os navios foram projectados e construídos de tal maneira que, ao fim, não poderiam navegar por falta de estabilidade e de navegabilidade. O lastro a colocar era tanto em relação à tonelagem que os navios não tinham exploração possível. Além disso, os barcos não serviam nem para pescar à linha…
Um dos arrastões estava em Portugal, imobilizado há alguns anos na Figueira da Foz. O outro ficara na Holanda. Empreendeu-se então, no estaleiro português, um interessante trabalho de conversão daquele mostrengo em coisa útil. Uma das gravuras mostra o PARGO com as formas absurdas que trouxe da Holanda. Cortado segundo um “plano horizontal” o seu convés subiu meio metro. Depois, o navio foi à doca seca e aí, cortado segundo um plano vertical, foram as duas partes afastadas de 3,20m. Para isso a cábrea da A.G.P.L., suspendeu a parte da proa que, ao mesmo tempo, era puxada por aparelhos. Criou-se um vazio entre as duas partes, que foi preenchido. À saída da doca o arrastão, já apresentava outra silhueta.
A evolução “operatória” e “pós-operatória” do navio é testemunhada nas fotos postadas. Entretanto, em face dos danos, sofridos de maneira tão… invulgar… por uma entidade portuguesa, o governo decretara em 1953 o embargo à encomenda de navios na Holanda, situação que se manteve por muito anos. Sem o competente e perfeito trabalho efectuado no estaleiro da C.U.F., o PARGO teria sido um belo fenómeno transformado em sucata. Mas o jornal do cinema não registara, em documentário, o original esforço da indústria portuguesa, como sucedeu com a obra canadiana. Eis uma falha da nossa propaganda.
Por fim, o navio com superstruturas de alumínio e airoso ficou como se vê numa das fotos. E lá andou na faina da pesca do Cabo Branco, a ganhar a vida, em constante labuta. O outro barco, o GORAZ, que ficara na Holanda e estava pago pelo armador português quase integralmente, foi roubado e vendido – exportado – pelos holandeses, com um “permis” do respectivo governo de então. Até as máquinas compradas pela companhia portuguesa, directamente nas fábricas e entregues à fiel guarda dos holandeses, para serem convenientemente montadas, foram transformadas, depois em florins, por apropriação ilegítima.
Após a total reconstrução, a entrega do navio à empresa armadora, efectuou-se numa cerimónia a que assistiram várias entidades, entre as quais o Cmte. Henrique Tenreiro, delegado do governo nos organismos corporativos das pescas; Engºs Vasco de Melo, João Rocheta e Fernando Alves do Estaleiro Naval da C.U.F.; e Eduardo Scarlatti, Dr. Lopes da Coata e Manuel Águia de Pina da empresa armadora. O Rev. Dr. Gustavo de Almeida, prior de S. Nicolau, procedeu à bênção de uma placa colocada no renovado navio.
O arrastão PARGO, 34,73m/185,11tb; 1948 entregue pelo estaleiro Foxhol-N.V. Scheepswerf, Foxhol, Holanda, para Arrasto-Companhia de Pesca do Centro de Portugal, Lisboa; 1955 reconstruído e alongado pelo estaleiro da Companhia União Fabril, Rocha, Lisboa; 1956 registado na capitania do porto de Lisboa; 1990 ainda se encontrava registado; história subsequente desconhecida.

Imagens da reconstrução e da benção do PARGO

Fonte e imagens: Revista Flama
Rui Amaro

domingo, 26 de abril de 2009

A ENTREGA ATRIBULADA DO NAVIO “PATCHY”



O "PATCHY" durante a construção /foto de autor desconhecido/.


Como experimentado construtor naval a nivel internacional, recebi em tempos, a encomenda para a construção de uma embarcação de tráfego local, destinada ao transporte de passageiros e veículos, o qual recebeu o nome caricato de “PATCHY”.

Apresentado o projecto e assinado o respectivo caderno de encargos, iniciou-se passados alguns dias a sua construção com o assentamento da respectiva quilha em doca seca, na presença de várias autoridades e individualidades convidadas, trabalhadores do estaleiro, populares e como não podia deixar de ser do armador e de mim próprio como gestor do estaleiro, tendo sido lançado foguetório e servido um beberete acompanhado da alocução dos usuais discursos.

Os trabalhos foram correndo normalmente com a presença do inspector do armador e da entidade classificadora, até que começaram a surgir os pedidos de alterações ao projecto inicial, hoje este, amanhã aquele e depois um outro e assim por diante, apesar do armador ter sido avisado das consequências, e como o cliente assim optava, a coisa foi correndo sem percalços de maior.

Quando a embarcação ficou pronta e realizou provas de mar, a autoridade inspectora, vistoriou a embarcação e detectou pequenas anomalias, próprias de tanta alteração ao projecto inicial, nomeadamente a velocidade que ficara um pouco reduzida, pudera, ou seja devido aos ditos “remendos”, como certa comunicação social, sem conhecimento de causa, “amanda” cá para fora palavrões desnecessários, quase que a deixar o meu internacionalmente prestigiado estaleiro de rastos, apesar do enormíssimo numero de unidades de todos os tipos, já construídas ,convertidas ou reparadas desde há bastantes anos, sem qualquer recusa de entrega por parte dos respectivos armadores nacionais e estrangeiros, os quais têm elogiado os trabalhos do meu estaleiro.

Acontece que o armador decidiu rescindir o contrato da construção do “PATCHY”, nomeadamente devido a não atingir a velocidade contratada, e sendo assim aquela interessante e eficiente unidade mercante já está a ser colocada no mercado internacional para venda, e felizmente já há potenciais interessados no navio. Ainda bem!


OBS. Não! Não! O caso acima relatado não tem nada a ver com aquele outro, que infelizmente tem sido deveras badalado por certa comunicação social, de modo tão deprimente para a industria de consrtrução naval nacional, e sobretudo para o estaleiro envolvido. Este é o “PATCHY”, cujo nome significa “remendado”.

Rui Amaro